Pesquisas e Orientações

Por meio das pesquisas que realizo procuro compreender a condição humana como parte constitutiva do objeto antropológico e do conhecimento ontológico sobre o homem. Atualmente destacam-se Natureza e Cultura: ciclos de vida e ciclos de morte; Pânico, cogito corporal e condição humana; Cancerofobia e hermenêutica de uma fragmentação; Imaginário e Metanóia. Também inclui-se entre as minhas angústias ontológicas a pesquisa sobre o Holocausto judeu pensado como uma realidade imaginal , cujas ressonâncias alcançam todo o mundo contemporâneo, ao qual a ciência dominante esteve à serviço do projeto de extermínio em massa, sobretudo de judeus, mas também de homossexuais, ciganos e deficientes. Fiz uma profunda imersão nesta areado conhecimento denominada literatura de testemunhos.

Além deste, outra paixão é a pesquisa denominada O Fio de Ariadne, metáfora do filme O Nome da Rosa que escancara a problemática do conhecimento na Antropologia. Temos aqui a presença de pelo menos dois registros do imaginário antropológico engendrando a realidade dos assassinatos e das interpretações das mortes de jovens monges que são narradas no filme: o do mito do herói e o das iniciações matriciais femininas. O forte simbolismo presente nesse filme se revela na tessitura dos elementos de mediação (imagens, relações sociais, situações, processos, cenários, ideário religioso e político) que se corporificaram na cultura católica da Idade Média. Esses elementos de mediação forneceram os condicionantes repressores à construção do corpo na Modernidade e à constituição do modelo ocidental do pensamento na relação particular-universal. Tal modelo de conhecimento produziu uma radicalização epistemológica que alijou o homem dos seus sentimentos, da sua inteligência corporal e da sua corporeidade, desenraizando-o e fragmentando-o. Foi preciso reinscrevê-lo simbolicamente com o seu cogito corporal e realizar o seu retorno à fonte.

Orientei e co-orientei Monografias de Conclusão de Curso, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado como estudos situados na confluência entre o campo simbólico de cura e o campo do imaginário antropológico, por meio de temas como: homeopatia e pensamento analógico, glossolalia no Pentecostalismo, rezadeiras do terço, curas espíritas, cartomancia, câncer, ciência e princípio feminino, doutores da alegria, questões culturais e étnicas em imigrações européias, globalização e modernidade, paradigmas de Auschwitz, filmes contemporâneos sobre processos migratórios americanos, além de biografias intelectuais de pensadores como Willhelm Reich, Carl G.Jung e Sabina Spilrein.

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